Nascer da Coragem...
Desconexo. A única palavra que habitava o seu existir. Ele sentou no computador e a cada movimento mais se sentia desconexo. Livre, solto, selvagem, maldito. Ela ainda na cama, fingiu acordar e andou até ele. Pôs os braços no seu pescoço. Lábios tocaram aquela parte da nuca que sempre arrepia. Bicho limpo e claro. Olhou para trás. Ofereceu também os lábios. O beijo veio como uma invasão. Língua querendo além de sentir, ferir, ofender. Ela sentiu o amargor. Olhou séria para ele. Baixou os olhos tentando entender. Ele pôs a mão na nuca dela. Afagou a pele quente do calor do travesseiro. Olhos vazando. Ela lambeu a água dos olhos dele e num repente de coragem, resolveu se entregar. E não era com o corpo que o fazia. Pegou singelamente a sua mão e a pôs no seu ventre. Que já sentia a vida que ali nascia...
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