quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Abraço

Sinto o que é fora de tamanho
Grande se visto por dentro
Pequeno se visto por fora
Do tamanho exato da demora

Paciência que não retorna
A água do banho
Sempre morna
O sabão duro
Sem vontade de ser espuma
Nem a reforma

Ainda olho os pés
Sangram e sangram
Não trazem nem desfazem
A leveza do seu tamanho

As mãos também me desagradam
Fingem serem pequenas
Mas são do tamanho
Da minha guarda

Pés e mãos
Atados
Coração sem traço
Pele com pavio
Tudo culmina
No abraço

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