domingo, junho 15, 2008

Pelo ar

Sai da cama exausta. Não foi pela má noite de sono, nem pela lágrima que insistia em nublar o sentimento. Era a falta de ti que eu sentia. Os olhos abriram tão rápido que nem consegui desviar da luz da janela. Já tinha amanhecido e eu nem senti que adormecia. Estou com medo, admito. E nem sei do quê, o que deixa a sensação mais urgente e inadequada. Tento vislumbrar os sinais das cartas. Elas me mostram corações enamorados e me lembro do que já esqueci. Não quero nada óbvio, minto para mim mesma. Saio pela rua à noite antes de deitar. Gosto de respirar o ar que ronda minha casa nessa hora. É quase uma promessa de querência. E quando me deito para mais uma noite de não-sonho. É somente nisso que penso. Quase, quase viver em desistência.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial