segunda-feira, outubro 22, 2007

não-história

A sua vida era uma não-história. Demorou tempo para perceber. Agora que o tinha feito, o dava por terminada. Acabava a sua não-história com um final trágico. E ela ficava estatelada, como se tivesse se jogado do décimo andar. A sua não-vida havia se suicidado... E precisava ressuscitar de algum lugar, de alguma forma... Para onde iria??? Ainda não sabia, mas levava a sua não-vida no caixão do passado. Iria enterrá-la perto da mangueira do quintal. Naquele final de tarde, abriu o buraco, jogou o caixão e uma flor vermelha. Era a sua não-história que tinha morrido. Agora precisava cuidar da história que ali nascia... Exatamente no momento em que começou a contar do enterro da outra... e ela continua...

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