Recomeço...
RECOMEÇO
Passei nove meses no inferno,
Outros nove no céu,
Depois, fiquei perdida,
Entre o sereno e o fel.
No inferno, senti tanto medo,
Foi à escuridão que me trouxe o sossego,
Quando consegui amar,
Sem me preocupar com o retorno ou o começo.
No céu, senti tanto desejo,
Que a música calou o meu dissabor,
E me causou confusão,
Perceber o quanto sentir,
É ser humano sem fim,
Perdido entre o belo e o horror,
Ambos eternos e sem cor.
O mais difícil,
Foi mesmo o retorno,
Tentar traçar o contorno,
Entre o inferno e o céu,
A procurar o equilíbrio,
Que simplesmente não encontro.
Procuro o segredo,
Para trazer ao meu enredo,
As respostas que me dão,
Com a cabeça no céu,
Os pés no inferno,
A simples vontade do meu desejo.
Calo no meu peito,
Esse sincero desconforto,
De voltar para a terra,
Como nascer de novo,
Sem parto, nem choro,
Mas com a alma cravada,
Das memórias do entorno,
Cheias da escuridão do inferno,
Repletas da música do céu,
A desenharem com exatidão,
A imagem do meu retorno.
Transparente como um véu,
Forte como um cordel e
Humano como uma solidão no carrossel,
A aguardar na infinidade do mar morto,
O único porto sem endereço,
Escondido na consciência do novo,
Como a única possibilidade de adereço.
Apenas com amplidão do eterno recomeço.
A inaugurar um destino com jeito de torto.
Passei nove meses no inferno,
Outros nove no céu,
Depois, fiquei perdida,
Entre o sereno e o fel.
No inferno, senti tanto medo,
Foi à escuridão que me trouxe o sossego,
Quando consegui amar,
Sem me preocupar com o retorno ou o começo.
No céu, senti tanto desejo,
Que a música calou o meu dissabor,
E me causou confusão,
Perceber o quanto sentir,
É ser humano sem fim,
Perdido entre o belo e o horror,
Ambos eternos e sem cor.
O mais difícil,
Foi mesmo o retorno,
Tentar traçar o contorno,
Entre o inferno e o céu,
A procurar o equilíbrio,
Que simplesmente não encontro.
Procuro o segredo,
Para trazer ao meu enredo,
As respostas que me dão,
Com a cabeça no céu,
Os pés no inferno,
A simples vontade do meu desejo.
Calo no meu peito,
Esse sincero desconforto,
De voltar para a terra,
Como nascer de novo,
Sem parto, nem choro,
Mas com a alma cravada,
Das memórias do entorno,
Cheias da escuridão do inferno,
Repletas da música do céu,
A desenharem com exatidão,
A imagem do meu retorno.
Transparente como um véu,
Forte como um cordel e
Humano como uma solidão no carrossel,
A aguardar na infinidade do mar morto,
O único porto sem endereço,
Escondido na consciência do novo,
Como a única possibilidade de adereço.
Apenas com amplidão do eterno recomeço.
A inaugurar um destino com jeito de torto.
1 Comentários:
Tati amei... me identifiquei !!!
bjs Dani
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