quinta-feira, agosto 24, 2006

Felicidade ausente...

Teu inverno é quente
Tua alegria vem da lágrima da chuva que te banha
No mesmo horário todos os dias,
Sem nenhuma lástima ou manha.

Sinto no semblante dos teus habitantes,
O rosto da harmonia,
Perdida entre a alegria e a agonia,
Da chuva a molhar o quente
Da tua coragem ainda eivada da covardia.

O teu grande território,
As desigualdades e a pobreza que em ti moram,
Alimentam as esperanças que carrego,
Da transformação da identidade do faminto,
Em um ser completo repleto de vontades e afinco.

Os primeiros passos com tropeços,
Da caminhada da vida digna,
Sem sorte ou corte,
Eivada apenas do viver forte,
Sensação do cansaço ausente,
Casada com o apreço renitente.
Do que apenas se parece com a morte.


Enlouqueço, sem início ou começo,
Apenas a escutar as vozes a invadir meu encantando leito.
Penso que são fortes e sem sorte,
A emendar a ausência de corte,
Sem vitória ou adereço.

Entendo que a minha alegria,
É sempre presa à fantasia,
Do término insatisfeito e
Do improvável recomeço sem magia.

Esclareço sem razão,
Apenas ao meu coração,
O bater secreto do sentimento,
A se perder na imensidão das veias,
Do rio caudaloso de sangue.
Sentir inerte a ligar as ondas do enaltecimento.

O percebo inacabado e sorridente,
Incompleto e incoerente,
Mas repleto da felicidade,
Há tanto de mim ausente.

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