domingo, agosto 13, 2006

Agora uma poesia...

CARNAVAL SEM HORA


O meu carnaval,
Não tem hora para inaugurar,
Atropela até mesmo o inverno,
Quando encontra o seu lugar.

A festa do corpo
Começa com o abraço,
Continua no embaraço,
Que só finda quando em ti me satisfaço.

Caio sem saber,
Na rede do fenecer,
Me enredo, me entrego,
Ao te celebrar, sem perceber.

Me aquieto,
Encontro na calada,
A sombra do teu prospecto,
A me seguir, com ares de indiscreto,
Pelos labirintos incertos
Do festejar e florescer.

A festa continua,
Só termina quando a tua,
Inesperada partitura,
Me mostra a atadura,
Estampada no teu sofrer,
Sem nenhuma amargura.

Finda o carnaval,
Como se fosse o ato final,
Uma incontinência carnal,
Do meu apreço e do teu sinal,
A emendar o confete,
Sem bem nem mal,
Apenas com a euforia,
De uma festa sem igual.

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