quarta-feira, agosto 16, 2006

Mais poesia...

NATUREZA QUASE MORTA

As flores secas do seu cerrado,
Trazem o agrado,
Da natureza que não é morta,
Mas assim se comporta,
Quando o verde latente,
Se ausenta, sem nota.
Sem ele presente,
Todas as outras cores, quase sempre inconsistentes,
Dão seu tom à tua secura,
Trazendo a sensação de vida,
Ao que antes parecia ser só amargura.
Mas estas flores não combinam,
Quando o verde se ilumina,
Pois a água trouxe o alívio,
Para o clima que te anima.
O encontro do verde puro,
Com as flores desterradas,
Dão o apuro do que procuro,
Que não está nem na tua alvorada,
Nem no teu escuro,
Mas na beira do desejo,
Que habita o meu querer,
Um pouco inseguro,
Sem saber ser flor morta, nem verde vivo,
Preso ainda entre a derrota e o improviso.

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