terça-feira, maio 23, 2006

Plano Piloto...

Avistar-te de cima,
Mostra os contornos da sua rima,
De um lado, uma asa esticada,
Do outro, outra asa que apenas parece mais recatada.

Dizem que teu plano é piloto,
Mas o que sinto quando em ti aterrisso,
Não é um plano, é desconforto,
Vontade de te ver um pouco desajeitada,
Para em ti, facilitar a minha estada.

Aí, percebo que este aparente desconforto,
É miopia do meu olhar acostumado a admirar,
A inexatidão do desassossego,
Marca indelével da cidade que carrego no meu enredo.

Apenas quando me entrego ao teu plano,
Não importa se piloto,
É que consigo vislumbrar teu horizonte infinito,
A mostrar a linha reta ao meu umbigo,
Acostumado apenas a olhar,
O que perto dele costuma se encontrar.
Neste momento me torno ponto inativo,
Que mesmo míope e corrosivo,
Encontra na tua aridez, uma forma de saciar a minha avidez,
De tudo o que ainda não vi, nem senti,
Mas sei que me espera,
Fora da tua sensatez.

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