domingo, maio 14, 2006

Desencanto

De ti não esperava,
Nem o silêncio,
Muito menos, o nada.

Num repente,
Tudo mudou,
O seu aparente apreço,
Transformou-se em desconforto,
O meu indisfarçável desejo,
Em ponto morto.

Um mero beijo,
Algumas frases ditas como num despejo,
Foram suficientes,
Para desterrar o medo.

Nem sei mais o que sinto,
É tanto desencanto,
Que o medo se tornou teu manto,
E a tristeza calou me canto,
Com a força do pranto,
No meu centro vivo,
Perdido entre a ironia do momento,
E o meu intento lento,
Sem lamento ou improviso.

Sinto-me cheia do nada.
Aquele que de ti não esperava...
Mas que me foi a única lava,
Do teu vulcão extinto,
A lavar a minha mágoa,
Do teu sentimento não dito...
Da minha fé não poupada,
Do discreto erro erudito,
A me deixar só, sem grito,
Apenas com meu olhar maldito,
Perdido e aflito, a procurar a estrada,
Para fora do teu rito.

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

tati, Tati ... quem é que vcandou beijando por aí, hein ???

10:07 AM  

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