Desabafo...
Hoje adordei e não sabia muito bem qual era o pesadelo esperado...após quatro dias de acontecimentos cinematográficos, contagem recorde de mortes, escombros de incêndios e pânico generalizado, percebi que o único incômodo na manhã era mesmo o vento gelado... fui ao parque e pude ver as árvores que há tanto não olhava... via mas não olhava...o verde delas me invadiu e pensei seriamente em desativar da minha mente aquele alerta que desde ontem fora acionado... o alerta de obedecer a uma ordem típica de toque de recolher sem nem saber quem a tinha dado... todos falam em homens em motos ... aviso ou ameaça??? uma dúvida - nem tão dúvida assim paira no ar... o mesmo que hoje cedo estava bem gelado.
Ainda não sei o que falar. Acho que a indignação e a sensação de assistir um teatro milimetricamente calculado me impede de analisar as coisas pelo o que elas são, então evito este tipo de comentários. Não tentarei encontrar razões, justificar ações, mas apenas dizer da profunda tristeza e angústia no meu coração. Pessoas morrendo como moscas e muitos preocupados apenas em justificar as incompetências,outros apenas reiterando as suas sensações de pavor e medo...totalmente justificados mas como tudo na vida com momento certo de deixar o cenário... até porque quem certamente sentiu mais medo não mora no jardins nem anda de carro...
O que vislumbrei no horizonte desta manhã gelada fez com que o aperto no meu coração aumentasse... ao atravessar a nove de julho - vi passando em meio aos carros e ônibus, uma ranger da polícia militar, com quatro policiais de arma em punho, cotovelos nas janelas abertas e um olhar cheio de ódio para cada uma das pessoas que ali passava...neste momento tive a certeza de que o pequeno saldo de mortes de"suspeitos" desta última noite é apenas o início... o mero início de uma história que certamente nenhum paulistano sentirá orgulho ou saudade... e cada um de nós sabe muito quem serão os maiores prejudicados... também não serão os que moram no jardins e andam de carros...
Ainda não sei o que falar. Acho que a indignação e a sensação de assistir um teatro milimetricamente calculado me impede de analisar as coisas pelo o que elas são, então evito este tipo de comentários. Não tentarei encontrar razões, justificar ações, mas apenas dizer da profunda tristeza e angústia no meu coração. Pessoas morrendo como moscas e muitos preocupados apenas em justificar as incompetências,outros apenas reiterando as suas sensações de pavor e medo...totalmente justificados mas como tudo na vida com momento certo de deixar o cenário... até porque quem certamente sentiu mais medo não mora no jardins nem anda de carro...
O que vislumbrei no horizonte desta manhã gelada fez com que o aperto no meu coração aumentasse... ao atravessar a nove de julho - vi passando em meio aos carros e ônibus, uma ranger da polícia militar, com quatro policiais de arma em punho, cotovelos nas janelas abertas e um olhar cheio de ódio para cada uma das pessoas que ali passava...neste momento tive a certeza de que o pequeno saldo de mortes de"suspeitos" desta última noite é apenas o início... o mero início de uma história que certamente nenhum paulistano sentirá orgulho ou saudade... e cada um de nós sabe muito quem serão os maiores prejudicados... também não serão os que moram no jardins e andam de carros...
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