sábado, junho 03, 2006

Crença

Ainda não entendo o que sinto
Às vezes emendo e ressinto,
Não compreender o momento
Do encontro para mim aparentemente sem sentido.

Meu coração não para de vibrar,
O meu sorisso não consegue te esquecer,
E o meu amor é caro em conceber,
A imagem do teu olhar
Eternamente a me ver.

Percebo que nada mais importa
Já abri a porta
Tu já entraste na ilusão meio torta
E eu ainda tento perder a aposta
Para poder ter fé no sentimento sem prosa.

Sei que preciso acreditar no amor
Ele que sempre me foi tão raro
Quase como um relicário
De repente invadiu meu cenário
E me deixou sem o teu itinerário
Queria poder desabafar
O que em mim não cala
Mas fica só e sem sala
Quando tenta inaugurar a fala

Te vejo e não esqueço
Do quanto me abandonei em teus braços
Quando em ti vivi o amor
Que não cabia nas tuas despedidas
Muito menos somente nos meus abraços.

Era maior do que o mundo
Talvez por isso me tenho deixado
Cabisbaixo e moribundo
Só com a possibilidade da crença
Como forma de reencontrar o rumo.

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